“Sensível
pra cacete, maldosa na mesma intensidade, feliz de andar cantando e
depressiva de nunca achar que uma janela é só uma janela. E cheia de
manias bem estranhas (…) Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que
vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta
de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende
um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que
estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da
cobrança do meu peito. Que acha todo mundo meio feio, (não falo de aparência....e sim feio de s2) meio bobo, meio
burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E
espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire
finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí,
maldizendo a tudo e a todos. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve.
Mas dá realmente pra ser assim?”
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